Celso Antônio de Menezes
(Caxias, MA, 1896 - Rio de Janeiro, RJ, 1984) Escultor, professor.
Obras apresentadas no Salão de 31:
Celso Antonio apresentou seis obras no Salão de 31, conforme o atesta o comprovante de recebimento destas.
CT 532 Escultora Zelia Ferreira (gesso)
CT 533 Homem Sentado
CT 534 Graça Aranha
CT 535 Dante Milano (retrato)
CT 536 Cabeça de Moço (gesso)
CT 537 Cabeça de Homem (gesso)

Quando Celso Antonio foi convidado por Lucio Costa para lecionar na Escola Nacional de Belas Artes em 1931, um artigo do periódico Diário da Noite revelou os propósitos desse artista para com seus futuros alunos:
O meu programa: não terei ascendência artística sobre a personalidade de cada aluno: deixá-los-ei à mercê dos seus sentimentos, das suas predileções, em relação às tendências ou motivos de inspiração pessoal.
Quanto à ciência propriamente dita – que é um método que nos conduz a uma finalidade – tomarei por base o motivo natural, trabalhando as formas pelos perfis, construindo as grandes linhas para encontrar a síntese, que é o que procuramos na estatuária.
E, quando perguntado se o seu curso seria de “arte brasileira”, Celso Antonio respondeu:
"Esforçar-me-ei por ensinar em primeiro lugar a técnica da escultura como eu a compreendo. É claro que, sendo eu brasileiro, os assuntos que mais me emocionam são os da minha raça, e os que me cercam no meu país (...). Em arte o meu desejo foi sempre o de inspirar-me em motivos da minha terra após ter acrescentado ao que aprendi, a técnica dos escultores de Marajó.
(...)
E não erramos quando se no Brasil tomarmos o mesmo rumo, considerando como assunto de arte os motivos vivos da terra, mesmo para uma finalidade étnica mais apurada, porém, que nunca deixará de ser nosso, intimamente nosso. Modelos adventícios não deveriam interessar-nos porque não têm analogia étnica e biológica com a nossa terra. Não julguemos, achando feio ou bonito o que é nosso; ele existe e é o quanto basta para ser belo. A verdade nunca foi feia se nos detivermos um pouco diante dela. (...) O artista não é mais do que um historiador plástico."
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