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Friedrich Maron

(Berlim, Alemanha, 1887 – Rio de Janeiro, RJ, 1914) Pintor.

Obras apresentadas no Salão de 31:

CT 672 Poeta Manoel Bandeira
CT 673 Srta. Blank
CT 674 Morro

Maron_retrato+de+manuel+bandeira+2.jpg

Friedrich Maron    CT 672
Retrato de Manuel Bandeira
Foto Arquivo Pró-Arte

É oportuno trazer as palavras de Manuel Bandeira que descrevem o que sentiu e percebeu quando Friedrich Maron pintou seu retrato. O trecho a seguir se encontra em artigo no qual Bandeira discorre sobre os dois pintores que o retrataram e o expuseram no Salão de 31: Portinari e Friedrich Maron. Destacamos abaixo a parte do artigo que se refere ao pintor alemão.

Compare os retratos correspondentes à pintura de Portinari:

Maron_retrato+de+manuel+bandeira+2.jpg
Portinari_manoel+bandeira_Arquivo+2.jpg

Com a mesma cara que Deus me deu, a mesma gravata que Dodô me deu, posei para Frederico Maron. Muitas vezes posei de tarde para Maron depois de ter posado pela manhã para Portinari. No mesmo estado de espírito. Mas com o alemão o tête-à-tête assumia não raro o caráter de luta. Os esforços do pintor, que é nervosíssimo, aumentavam a meu contragosto essa força de inércia peculiar a todos os modelos. Maron avançava e recuava, observava longamente, e quando ia tocar a tela eis que se detinha sobressaltado. O seu trabalho é um debate dramático. Em certas ocasiões toma as proporções de um match de box ou de uma demonstração de esgrima. A espontaneidade lírica é coisa que exclui sistematicamente de suas criações. Tudo nele é relação precisa. Nunca mistura as tintas no gesto reflexo que já é do domínio do instinto. [28]

[28] BAZAR, Rio de Janeiro, 7 outubro 1931. "Retratos de Meus Pintores". Manuel Bandeira.

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